Gestão Fiscal Além das Fronteiras da Empresa

Esses dias, estava abastecendo o carro em um posto de gasolina que utilizo com frequência, quando o frentista me convenceu que eu precisaria de ajuda urgente. Ele havia se oferecido para verificar o nível de água, como de costume. Porém, dessa vez, percebi a cara de espanto dele ao abrir o capô. Fui ver o que havia provocado tanto espanto. Ele me mostrou uma peça que havia se desencaixado do lugar que deveria estar e, assim, pressionava alguma correia. Segundo ele, a correia poderia se romper a qualquer momento.

Eu não entendo nada de carros, mas sei que correias são partes fundamentais na engrenagem de qualquer motor e que o seu rompimento em automóveis pode causar acidentes sérios. Como boa gestora de riscos, tudo o que eu não quero é correr o risco de ter alguma correia com problemas no meu carro. Perguntei ao frentista: você pode remover a peça daí? No que ele respondeu que não, mas que estava assustado e perguntou se ele poderia chamar o mecânico de uma oficina que havia ao lado (e que eu nunca tinha visto). Fiquei bastante desconfortável, porque havia levado meu carro pra revisão recentemente, na oficina de minha confiança, que é bem mais longe do que essa. Mas, diante do dilema de confiança no mecânico x risco de problemas na correia, concordei. O mecânico apareceu e, com algum esforço, conseguiu remover a peça que estava pressionando a correia. A peça era plástica e estava toda deformada, não deixando dúvidas sobre a real existência do problema. Perguntei ao mecânico se o problema era urgente, ou seja, se eu precisaria resolver com ele ou se eu poderia levar o carro ao meu mecânico. Com essa pergunta, eu já esperava ser alarmada e convencida a trocar a peça ali mesmo. Mas, pra minha surpresa, o mecânico disse que não havia risco em continuar rodando com o carro com aquele problema, mas que eu deveria substituir a peça. Ante a sinceridade do mecânico desconhecido, somada à decepção com o erro cometido pela minha oficina de confiança, não tive dúvidas: resolvi contratar o desconhecido para realizar o serviço.

Ele me prometeu a peça para o dia seguinte. Porém, no dia seguinte, a peça não havia chegado. Essa cena se repetiu algumas vezes e nada de a peça chegar… O mecânico me explicou que estava tendo problemas com o fornecedor, que ele estava atrasando a entrega e que a culpa não era dele… Após muita espera, a peça finalmente chegou… a peça errada! Diante de minhas reclamações, o mecânico devolveu o meu dinheiro e pediu desculpas. Não me restou outra alternativa, senão voltar à minha oficina de confiança. Lá, além do esperado pedido de desculpas, recebi a troca da peça de forma rápida, simples, com a embalagem e nota fiscal da peça original.

Podem me chamar de boba, mas fiquei com bastante pena do mecânico vizinho do posto. Ele estava empreendendo, encontrou um local bom e com bastante fluxo de carros. Ele parecia honesto e com vontade de ajudar. O negócio dele tinha tudo pra dar certo, não fosse um “pequeno” detalhe: o fornecedor. Uma empresa não é uma ilha, e nenhum negócio sobrevive se não contar com boas parcerias. Nesse exemplo, uma oficina sem um bom fornecimento e transporte de peças não sobrevive.

Quantos negócios fracassam por conta da fragilidade da rede de parcerias? E quantos negócios prosperam, mesmo não sendo tão maravilhosos assim, por ter uma rede de parcerias sólida e que funciona como um motor, com engrenagens azeitadas e perfeitamente encaixadas umas nas outras? Com certeza você, leitor, já ouviu falar de alguma empresa que se tornou gigante, investindo na formação e gestão de uma sólida rede de parcerias.

Mas o que tudo isso tem a ver com gestão fiscal?

Não é de hoje que a Consyste vem falando da importância da gestão fiscal – se você ainda não viu, seguem links para alguns dos nossos conteúdos sobre isso:
Importância da Gestão dos Documentos Fiscais
Gestão Fiscal para Pequenas Empresas
A Contabilidade do Futuro Tecnologia e Agilidade

Mas hoje quero chamar atenção para a necessidade de envolver também a rede de parcerias na gestão fiscal. Se a sua empresa precisa ter os documentos fiscais disponíveis e facilmente acessíveis, o mesmo acontece com seus fornecedores e transportadores. Sabemos que fazer gestão fiscal no Brasil dá trabalho. A complexidade relacionada ao controle fiscal é um componente importante do custo das empresas, ou seja, algo que sempre se quer reduzir. Quando o transportador tem dificuldades em obter as NFes dos produtos que ele precisa transportar para nosso cliente, ele perde tempo e eficiência. No final, essa perda de eficiência é sentida lá na ponta, pelo cliente.

Apoiar o transportador na gestão fiscal é fortalecer a rede de parcerias. É, além de unir forças para que o produto chegue mais rápido ao nosso cliente, trabalhar para ter os melhores transportadores do nosso lado.

A Consyste, além de prover ferramentas para gestão fiscal na empresa, tem uma solução que facilita a vida do transportador, que precisa de acesso rápido às NF-es dos produtos transportados. Conheça o Módulo de Consultas para Transportadoras.

Priscila Coelho
Gerente de Desenvolvimento da Consyste

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