Atualmente, os processos de seleção estão retirando a atenção no curso superior e títulos de cargos e estão valorizando qualificações e capacidade do candidato. Esse movimento faz sentido na medida em que as novas tecnologias impulsionam uma evolução nas necessidades empresariais.
Podemos acompanhar que diminuiu muito a chance de que uma pessoa possa ser bem-sucedida no mercado de trabalho atual com o conjunto de habilidades consagradas anos atrás. Nesse sentido, o Fórum Econômico Mundial sugere que 1 bilhão de pessoas vão precisar ser treinadas em novas habilidades que estão sendo desenvolvidas até 2030.
Entre as qualificações profissionais com demanda elevada estão: habilidades técnicas para trabalhar com novas tecnologias, a inteligência artificial, a computação em nuvem complementadas estas por habilidades comportamentais necessárias para trabalhar em colaboração e interagir com outras pessoas e o desenvolvimento de uma cultura empresarial forte.
Dados recentes do LinkedIn mostram que o conjunto de habilidades demandadas para vagas mudou 25% desde 2015 e é previsto que esse percentual dobrará até 2027. Em decorrência disso, algumas práticas de seleção e recrutamento começaram a dar mais ênfase a habilidades apesar de muitas empresas ainda estarem perdendo boas oportunidades.
Priorizar habilidades em relação a, digamos, um currículo repleto de empresas de destaque e uma formação superior pode ajudar a atenuar as dificuldades de um mercado de trabalho disputado.
Esse tipo de enfoque de contratação, que prioriza as habilidades, tira a ênfase de detalhes como formação superior, anos de experiência e títulos de cargos anteriores e se concentra na capacidade do candidato em demonstrar, que suas habilidades combinam com as exigências da função à qual está se candidatando.
As pessoas podem aproveitar este momento para identificar lacunas em seus currículos e compensar esses pontos por meio da busca de referências, simpósios, cursos on-line ou outras oportunidades educativas alavancando seus conjuntos de qualificações, em vez de focar em um caminho linear de títulos de cargos cada vez mais graduados.
Ao mesmo tempo, cabe aos empregadores ajustar a percepção de seu método de recrutamento e de avanço profissional e se abrirem mais para a avaliação de qualificações transferíveis, a fim de que os colaboradores possam mudar de rumo e experimentar coisas novas.