O SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) informatizou o encaminhamento das informações das pessoas jurídicas à Receita Federal. Com isso, os processos de envio, recepção, validação, armazenamento e autenticação dos livros e documentos relacionados à escrituração contábil e fiscal das empresas, mesmo para aquelas que são imunes ou isentas, passaram a ser feitos eletronicamente.
A entrega da obrigação acessória Escrituração da Contabilidade Digital (ECD) societária remete automaticamente as pessoas envolvidas no processo de geração dos Razões Auxiliares no âmbito da contabilidade.
Ocorre que nem todas as pessoas que atuam no atendimento desta demanda têm a percepção alinhada em relação às contas que exigem Razões Auxiliares para apresentar seus saldos no balanço ou balancete.
Necessário se faz considerar que os saldos contábeis e os Razões Auxiliares têm impacto no âmbito tributário já que é sabido que os cruzamentos de obrigações acessórias em relação à ECD têm sido aperfeiçoados pelos órgãos governamentais ao longo do tempo.
Por tudo isso, a visão do negócio necessita ser cada vez mais abrangente em relação as obrigações e suas relações, havendo compreensão da importância da integração entre as gestões tributária e contábil.
Inserir profissionais contábeis terceirizados com suas relações e trânsitos de informações nesse cenário importante para a gestão empresarial potencializa o tamanho do desafio. Quando tais profissionais estão distantes ou desalinhados com a realidade dos seus clientes, apresentam maior dificuldade em prestar suporte adequado no vínculo entre empreendimento e Fisco.
Obviamente, os clientes esperam dos prestadores de serviços contábeis o domínio sobre a contabilidade tributária, mas precisam estar atentos aos desafios e consequências de escolhas como a terceirização do profissional contábil.